Dia 12 Novembro
Na embaixada
Eram entre 9 e 10 de manhã... estavamos todos cercados num pequeno círculo na garagem da Embaixada. O calor era imenso. Pedíamos água e proibiram-nos de beber água. Pedímos autoriazção para beber água da torneira na garagem e não tivemos autorização.
Forças especiais da embaixada estavam com armas apontadas para nós junto ao murro que separa a garagem e o edifício principal. A polícia anti-motim da Indonésia tentavam entrar e um ou dois responsáveis destas policiais conseguiram entrar e gritámos para os jornalistas, "as forças indonésias estavam a invadir o território americano". Eles conseguiram tirar algum pamfleto da manifestação e no entanto um alto funcionário da embaixada conseguiu fazer com que os militares recuassem para fora da embaixada.
Passado algum tempo chegou alguém da embaixaida para falar connosco. Falou com o nosso porta-voz, Domingos Sarmento Alves. Ele esplicou as razões da nossa acção. Queriam que abandonássemos a embaixada já... mas estavamos aí prontos para morrer e que a nossa exigência era libertação imediata de Xanana Gusmão e inclusão na agenda de APEC o problema do direito à auto-determinação do povo timorense.
Antes de dar primeira conferência imprensa, todos juntos e de mãos dadas rezar terço em homenagem aos companheiros tombados 3 anos antes em Stª Cruz e a todos os que perderam a vida desde o início da ocupação.
Era uma da tarde quando se deu a primeira conferência de imprensa.
Continuávamos proíbidos de sair do círculo e beber água.
Nota: Conto esta memória em homenagem aos companheiros tombados em Stª. Cruz e a todos que morreram em nome da causa maior de libertação durante 24 anos de ocupação sem ninguem saber.
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